Animal marinho interage com a cidade em animações 3D
Muita coisa mudou no último ano, em várias áreas e em todo o mundo. As pessoas estão cada vez mais conectadas e por várias horas, a tecnologia se mostrou ainda mais importante no dia a dia. A educação passou a depender muito dela, a comunicação nem se fala e a diversão praticamente virou virtual. O hábito de jogar vídeo game, por exemplo, já é antigo e vem de várias gerações, desde aquelas que jogavam diante de uma tela de TV quanto àquelas que se transportam para o mundo virtual pela palma da mão. Como alternativas de entretenimento o mercado de games sentiu diretamente os reflexos da nova realidade.
No mundo todo, o mercado de games está em expansão e chega a movimentar 300 bilhões de dólares ao ano, quase três vezes mais do que o da música, segundo uma pesquisa da consultoria americana Accenture, divulgada pela Folha. No Brasil, de acordo com uma pesquisa da Visa, bandeira de cartões, em 2020 houve um crescimento de 140% em transações feitas em plataformas e consoles de jogos em relação ao ano anterior. Cidades como Florianópolis, conhecida como o “Vale do Silício” da América Latina, vem se despontando também na área de games, com grandes projetos sendo desenvolvidos.
O Floripa Square que traz à capital de Santa Catarina uma alta tecnologia, com a maior tela de LED em rooftop da América Latina também aposta nos games como um grande atrativo, mas de uma maneira inovadora, dinâmica e com muita interação do público. O hub icônico, que traz a jornada do marketing sob uma nova perspectiva, inaugurou recentemente com a primeira exposição outdoor de CriptoArte 3D do mundo, e também com um game de uma mascote que tem conquistado diariamente os moradores e turistas de Florianópolis.
Tartaruga na Megatela do Floripa Square
A Maqna Interactive desenvolveu para o Floripa Square uma tartaruga marinha em 3D que interage com o público. Um projeto inovador e ao mesmo desafiador para a empresa da capital, que há quase 10 anos trabalha no desenvolvimento de games para as mídias fechadas, como celulares, tablets e computadores.
Diante de uma megatela de 350m² a equipe que desenvolveu a tartaruga buscou diferentes representações para aplicar a computação gráfica em tempo real numa mídia Outdoor. A mascote do Floripa Square tem rotinas aleatórias, imprevisíveis, o que quer dizer que ela decide o que vai fazer a cada momento do dia. São cinco animações diferentes da tartaruga e um grupo de águas-vivas que compõem o cenário.
O público pode acompanhar a rotina da tartaruga em diferentes horários, e perceber que ela também acompanha o vai e vem da cidade. A interação acontece conforme a luz do dia. Os cenários mudam e representam o amanhecer, o pôr do sol, e claro, o anoitecer, com luzes que dão ainda mais vida ao ambiente que ela vive, deixando o mais próximo do que seria o real, o fundo do mar.
A tartaruga, que em breve vai ganhar um nome com a ajuda do público, surpreende a cada momento. Do alto do prédio ela fica só observando a cidade, o que acontece na Ilha, no continente e o movimento de veículos e pessoas na Ponte Hercílio Luz. Ela também tem seus momentos de sono e faz questão de dormir na frente de todo mundo, mas é por pouco tempo. Logo volta toda faceira passeando na megatela do Floripa Square. Com os efeitos em 3D o público ainda tem a impressão de que a tartaruga sai da tela para ganhar o mundo.
Floripa Square e Maqna: Desafios de uma produção inovadora
A tartaruga nasceu de uma ideia do Floripa Square que encontrou na equipe da Maqna uma parceria para o desenvolvimento do Game no maior painel de LED em rooftop da América Latina. O formato da megatela, com 215m² de face para a Ilha e 135m² para o continente, é curvo, e adequar o ângulo de visão virtual a curvatura do painel, foi considerada a parte mais desafiadora para a criação do game da tartaruga em 3D.
Os elementos tiveram que ser bem balanceados para justamente dar um efeito mais realista e tirar um pouco do artificial da computação gráfica. Para dar vida à animação, a equipe catarinense buscou referências em projetos em 3D já feitos no Japão e na China e experiências em peças semelhantes em painéis curvos. Mas mesmo diante de um mercado tão gigante nada foi encontrado com esse diferencial do tempo real, que é a animação processada no computador no exato momento em que está passando no painel. As atividades da tartaruga não são sequenciais e aos poucos o público vai perceber os movimentos aleatórios, junto com a iluminação do meio ambiente.
O projeto inovador vai despertar muito a curiosidade de quem passar diante da megatela ao perceber que a tartaruga tem várias ações durante o dia. É uma interação direta, e esse é só o começo da vida da mascote na megatela do Floripa Square.